Muitas vezes, por pura falta de conhecimento ou experiência, cometemos pequenos pecados na criação dos filhos. São detalhes, costumes ou hábitos incorretos, que podem atrapalhar o desenvolvimento natural e pleno da criança.
"O conhecimento dos aspectos normais do desenvolvimento infantil é um campo pouco valorizado e explorado tanto pela pediatria como pela psicologia”, comenta a terapeuta de casal e família Magdalena Ramos, que também é autora do livro“E a agora, o que fazer?”.
No livro, Magdalena discorre em 250 páginas, juntamente com o médico Leonardo Posternak, sobre a difícil arte de criar os filhos. Munida de vasta experiência de campo, ela aponta os erros mais comuns dos pais de primeira viagem e sugere alternativas sadias para os problemas do dia-a-dia.
Vamos mergulhar no mundo das crianças e saber onde estão os nossos erros. Primeiro passo: entenda quais são as implicâncias desnecessárias que devemos deixar de lado.
"O conhecimento dos aspectos normais do desenvolvimento infantil é um campo pouco valorizado e explorado tanto pela pediatria como pela psicologia”, comenta a terapeuta de casal e família Magdalena Ramos, que também é autora do livro“E a agora, o que fazer?”.
No livro, Magdalena discorre em 250 páginas, juntamente com o médico Leonardo Posternak, sobre a difícil arte de criar os filhos. Munida de vasta experiência de campo, ela aponta os erros mais comuns dos pais de primeira viagem e sugere alternativas sadias para os problemas do dia-a-dia.
Vamos mergulhar no mundo das crianças e saber onde estão os nossos erros. Primeiro passo: entenda quais são as implicâncias desnecessárias que devemos deixar de lado.
Nem sempre que a criança chora é porque está com fome
A maioria dos adultos costuma dar ao choro apenas uma conotação negativa. As mães se desesperam com o choro do bebê e acabam tentando resolver tudo com o peito ou mamadeira. O bebê pode até se acalmar por causa da sucção e do contato materno, mas isso não significa que a causa era fome.
Um bebê chora por vários motivos e é preciso ficar atento para interpretar as causas do choro. Muitas vezes, ele chora porque precisa arrotar, por exemplo, e a mãe insiste em mandar leite goela abaixo. Outras vezes, ele está com gases e uma simples massagem na barriga acalmaria o choro. Além disso, a criança pode chorar como uma maneira de se expressar e também como forma de extravasar sua tensão. Sim, esta chegada no mundo pode provocar tensão no seu filhote. Lembre-se que a cada dia ele vai criando necessidades que nem sempre conseguem um canal de expressão....aprender é um enorme desafio e seu filho tem muito que aprender nestes primeiros anos...
O seu filho sorri muito para o pai? Não tenha ciúmes
A mãe começa a ter ciúme da relação marido e filho, numa época em que o filho sorri mais para o pai. A figura do pai começa a ganhar contornos na vida do bebê entre o terceiro e o quarto mês. Porém, é a partir do quinto mês de vida do bebê que a figura paterna se torna nítida e importante para a criança. Um simples “oi” é capaz de arrancar-lhe um sorriso daqueles!
Por volta dos 3 anos essa relação se intensifica ainda mais, a criança tende a rivalizar um pouco com a mãe, querendo o pai só para ela. É importante que a mãe não boicote esse carinho todo ao pai, são fases de grande importância para o filho.
O bebê conhece o mundo pela boca e pode chupar chupeta
O mundo do recém-nascido gira em torno de sua boca. É o momento em que ele vive a chamada “fase oral”. A boca garante o alimento e, por meio de choros e resmungos, também é seu principal meio de comunicação. Além disso, o choro é uma descarga motora importante, que também proporciona o alivio da tensão. A sucção garante o prazer. Pelo fato de a boca ser o centro do prazer do bebê, a chupeta tem um papel importante, desde o nascimento até mais ou menos os 2 anos de idade. Ela vai ao encontro das necessidades emocionais do bebê, permitindo que a sucção diminua qualquer tensão criada internamente.
A chupeta não vicia nem altera a dentição, como se afirma por aí. Apenas não pode ser usada como inibidor do choro da criança, o que acontece muitas vezes, quando a mãe a oferece como se fosse um esparadrapo.
Lembre-se que os dentinhos provocam coceira e dores na gengiva, é natural o bebê querer coçar com objetos que estiverem à mão. Não implique com esse hábito do bebê, apenas cuide para que ele não leve objetos inadequados à boca.

Não critique os “nãnas”, bichinhos de pelúcia ou fraldinhas de estimação
Ainda por volta dos 8 meses, a criança brinca com alguns objetos de uma maneira especial, fazendo-os aparecer e desaparecer. Também se apegam a bichos de pelúcia, cobertores, fraldas etc. Nenhum desses objetos é escolhido por acaso. Eles estão, na realidade, revestidos de vida, de um significado muito importante. Representam a possibilidade de fazer a criança aprender que, enquanto ela não tem controle nenhum ou muito pouco sobre as idas e vindas da sua mãe, por exemplo, algumas coisas permanecem. Isto lhe dá uma certa segurança e a sensação de que pode controlar alguns aspectos da sua vida. A criança dorme abraçada ao bichinho de pelúcia e se sente reconfortada quando vê que ainda está lá ao despertar. O bebê aprende que não é pelo fato de fechar os olhos que os objetos e a pessoas desaparecem.
Por isso, embora para nós o bichinho de pelúcia favorito ou esse pequeno cobertor esteja mais para ser lavado ou jogado no lixo, do que para dormir na caminha limpinha e cheirosa do nosso filho, controle o impulso de trocá-lo por outro "novinho em folha". Para o bebê, até o cheiro familiar do objeto é fundamental para garantir a sensação de segurança...
O quarto não deve ser sinônimo de castigoTem criança que só vai para o quarto na hora de dormir ou para ficar de castigo, o que não é bom. O quarto deve ser um lugar agradável e transitável, é importante brincar nele e fazer outras atividades divertidas. Poucos pequenos aceitam com calma a proposta de ir ao quarto dormir, já que muitas vezes ele é vivenciado como um local que gera apreensão, sinônimo de castigo.
Brincar com a comida faz bem
Querer mexer em tudo faz parte do processo de conhecer o mundo no qual seu bebê está profundamente engajado. Isto vale para a hora das refeições. Quando a criança teima em comer sozinha, sujando-se da cabeça aos pés, e os pais resolvem dar-lhe de comer para evitar a sujeira, ela é capaz de simplesmente cerrar os dentes ou cuspir o conteúdo da colher. Muitas ficam definitivamente bravas e, com o tempo, o almoço ou o jantar vai virando um suplício, para pais e filhos...
É saudável que a criança brinque com a comida, trata-se de um aprendizado importante e um belo treino para a coordenação motora. Toda essa sujeira será importante num futuro próximo: quando ela manusear os talheres saberá a temperatura e espessura de cada alimento. Se você não suporta bagunça, coloque a criança em cima de um grande plástico limpinho e deixe-a comer sua comida da forma que quiser. Aqui a única regra é: nunca deixe de mostrar para a criança como você quer que ela faça, mas deixe-a experimentar a comida do seu jeito "bagunçado", nem que seja por alguns minutos....
Fale com ela corretamente
Não se deve forçar a criança a falar corretamente e muito menos fazer piadas a respeito. No seu tempo e com calma o bebê vai se apropriando da fala e melhorando sua comunicação. Se quiser ser carinhosa, fale com ternura e delicadeza, até pode utilizar alguns diminutivos, mas evite infantilizar as palavras, inventar palavras ...lembre-se, sobretudo no caso da linguagem, as crianças aprendem imitando as pessoas que estão a sua volta...
Nossas fontes:

E agora, o que fazer?
Magdalena Ramos; Leonardo Posternak
Editora Agora

Daniel Atalla é terapeuta holístico
Visite o site Escola de Magia
E-mail: faleconosco@escolademagia.com
delas.ig.com.br
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