
Segundo as recomendações mais recentes do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, sintetizadas no programa conhecido como “MyPyramide”, as crianças devem consumir seis porções diárias de cereais e, desses, pelo menos metade devem ser integrais. Uma porção de cereal equivale, por exemplo, a meio copo de arroz cozido, uma fatia de pão, meio copo de macarrão, uma xícara de milho cozido ou um copo de cereal matinal seco.
Os cereais, da forma como habitualmente os conhecemos, são obtidos através do processamento de grãos como os de trigo, aveia, arroz, milho, centeio, etc. A forma original desses grãos inclui três estruturas: a casca, o endosperma e o germe. A casca, da qual se extrai o “farelo” é o revestimento externo, que protege a semente; o germe é responsável pela nutrição da semente; o endosperma é a porção energética do grão, constituída basicamente de carboidratos e proteínas.
Durante muitos anos, desde a antiguidade, o processamento dos grãos restringiu-se à sua limpeza externa ou, no máximo, à moagem, mantendo-se a integralidade de seus componentes; nesse caso, diz-se que o alimento é um “cereal integral”. Mais recentemente, a indústria passou a realizar um processamento mais rigoroso, separando-se do grão apenas o endosperma, que apresenta cor mais clara, maior maciez, sabor mais suave e obtendo-se o chamado “cereal refinado”. Apesar de ser inegável que o refino traz benefícios, como melhores aparência e delicadeza e, por isso, maiores possibilidades culinárias, perdem-se importantes nutrientes da casca e do germe. Muitos estudos científicos têm sido realizados no sentido de comprovar a importância de se retomar o consumo de grãos não refinados a fim de manter o consumo desses nutrientes perdidos no refino.
É comum que os cereais integrais sejam considerados saudáveis por serem ricos em fibras. De fato, numerosos benefícios já foram comprovados referentes ao maior consumo de fibras, como redução dos níveis de colesterol, diminuição da incidência de câncer de intestino, maior controle do diabetes, prevenção da constipação intestinal e maior saciedade, ajudando no controle da ingesta alimentar em indivíduos obesos. Entretanto, é importante salientar que os outros nutrientes, da casca e do germe, também apresentam importantes benefícios à saúde como, por exemplo, atividade anti-oxidante (vitamina E e fitocompostos) e maior oferta de minerais (ferro, zinco, cálcio. Magnésio) e de vitaminas (tiamina, niacina).
Como a infância é justamente a fase em que se formam os hábitos alimentares, vale a pena tentar habituar nossas crianças à ingestão de pelo menos três porções diárias de cereal integral, que podem ser obtidas, por exemplo, com cereal matinal no café-da-manhã, pão integral no lanche da escola e pipoca no lanche da tarde! Vamos tentar?
maecomfilhos.com.br
maecomfilhos.com.br
Comentários
Postar um comentário