Não é só na vida dos adolescentes que as interferências hormonais ficam mais evidentes. Nas mulheres, por exemplo, as mudanças bruscas de humor durante a fase menstrual e oscilações mais suaves ou intensas das emoções, são alguns dos sinais da influência dos hormônios.
Você já se viu de uma hora para outra, ir da felicidade absoluta para o mau humor insuportável? Pois então, é justamente onde os hormônios atuam, no emocional.

Os sintomas comportamentais da TPM podem variar muito, segundo a especialista. Os mais comuns são: a irritabilidade, alteração de humor, depressão, dor nas mamas, aumento do apetite (principalmente relacionado ao consumo de doces), dor de cabeça e inchaço.
Mas fique calma! Existem tratamentos para a TPM. Há desde vitaminas e fitoterápicos até medicações mais potentes, como antidepressivos. “Isto dependerá da gravidade dos sintomas. A psicoterapia também pode ajudar bastante”, esclare a ginecologista.
Já na fase da menopausa, as mudanças comportamentais são mais intensas logo nos primeiros anos, como explica a Dra. Rosa Maria Neme. “As alterações na menopausa são sempre mais intensas. Em geral, são piores nos primeiros anos da menopausa e tendem a se amenizar com o tempo. As principais mudanças são depressão, irritabilidade, calores noturnos, falta de libido, diminuição da lubrificação da pele e da vagina, dores musculares e articulares”.
Dicas para manter o equilíbrio emocional
A Dra. Rosa Maria Neme lembra que um dos fatores principais que podem colaborar com o humor feminino é o estresse, podendo causar picos hormonais incomuns, o que leva a mudança completa do humor feminino.
Para a especialista o ideal é manter uma vida equilibrada e realizar exercícios físicos aeróbicos regulares. “A prática dos exercícios, além de aliviar o estresse, mantém os níveis hormonais mais estáveis, evitando as alterações bruscas de humor” finaliza.
Tireóide e os hormônios
Você já parou para pensar que o nosso corpo funciona como uma verdadeira fábrica? Podemos dividir funções e órgãos como departamentos, cada divisão tem sua importância e responsabilidades vitais para um bom funcionamento. O desempenho dos cargos afeta de forma direta o andamento da produção. O nosso corpo também é assim: o balanceamento é muito importante para que o organismo trabalhe a favor do nosso bem-estar. E quem ocupa o “cargo executivo” em nosso corpo é a tireóide.
A tireóide é uma glândula localizada no pescoço, responsável pela produção de hormônios muito importantes para o corpo, o T3 e o T4. Por controlarem o funcionamento de vários órgãos, esses hormônios interferem diretamente em importantes processos: desenvolvimento, peso, temperatura corporal, sono, memória, batimentos cardíacos, ciclo menstrual, fertilidade, eliminação de líquidos, funcionamento do intestino e capacidade muscular. Você pode imaginar a dimensão do problema se houver qualquer alteração no ritmo de produção desses hormônios, seja para mais ou para menos?
Quando há excesso na produção de hormônios, ocorre o hipertireoidismo. Se o problema for redução na produção, o caso é chamado de hipotireoidismo. A diferença é facilmente identificada: no caso do hipertireoidismo as pessoas afetadas apresentam fome excessiva, aumento do ritmo intestinal, nervosismo, insônia, labilidade emocional, tremores, intolerância ao calor, palpitações, emagrecimento, olhar vivo e brilhante, pele quente e úmida, unhas quebradiças, cabelo seco, quebradiço e encaracolado. Já no hipotireoidismo o processo fica mais lento, conquentemente, o metabolismo não produz hormônio suficiente e os sintomas vão desde cansaço e desânimo, até a diminuição do desejo sexual, além de ganho de peso, colesterol alto e perda de apetite.
De acordo com dados mundiais, 11% da população é afetada pela baixa produção de hormônios T3 e T4, denominado hipotireoidismo. 80% dessas pessoas são mulheres a partir de 35 anos. No entanto, muitos casos não são diagnosticados por falta de reconhecimento dos sintomas
Ninguém está livre da possibilidade de ter hipotireoidismo, mas existe uma tendência a grupos de risco, como mulheres acima dos 40 anos em período pós-parto, homens acima de 65 anos, pessoas com histórico familiar de diabetes e pessoas que já tiveram algum tipo de problema com a tireóide. Se a doença não for diagnosticada e tratada pode haver sérias complicações de saúde que levam a insuficiência cardíaca, pressão alta, anemias e até retardo mental. O diagnóstico é feito num simples exame de sangue onde se identifica como está o funcionamento da tireóide.
Se identificado a tempo, o hipotireoidismo tem um tratamento simples, onde o médico indica um medicamento que vai suprir os hormônios que a tireóide não produz em quantidade suficiente. O tratamento correto possibilita não só normalizar a produção de hormônios, mas também fazer com que o paciente se sinta aliviado e possa levar uma vida normal, sem o incômodo dos sintomas.
Sintomas do hipotireoidismo
- Cansaço, apatia e desânimo;
- Hipersensibilidade ao frio;
- Falha na memória;
- Sono excessivo;
- Pele seca e queda de cabelos;
- Intestino preso;
- Perda de apetite;
- Ganho de peso e retenção de líquidos;
- Aumento de colesterol;
- Tornozelo inchado e dores musculares;
- Unhas quebradiças;
- Períodos menstruais irregulares;
- Diminuição do apetite sexual.
Faça o teste abaixo e verifique como está sua saúde
1. Você sente cansaço com freqüência?
( ) Sim Não ( )
2. Sofre de dores musculares e nas articulações?
( ) Sim Não ( )
3. Engordou, mesmo com diminuição do apetite?
( ) Sim Não ( )
4. Teve prisão de ventre?
( ) Sim Não ( )
5. Sentiu mais frio que o normal?
( ) Sim Não ( )
6. Tem sofrido de depressão?
( ) Sim Não ( )
7. Seus cabelos e sua pele estão secos?
( ) Sim Não ( )
Se a maioria das respostas foi sim, converse com seu médico e mostre este resultado a ele.
Auto-exame
Este é um exame simples, mas muito eficiente para detectar o hipotireoidismo.
Você vai precisar de um copo com água e um espelho. Siga os procedimentos descritos abaixo.
1. Olhe-se no espelho de frente e localize a região logo abaixo daquela saliência na garganta, popularmente conhecida como “pomo-de-adão”. Sua glândula tireóide está situada aí.
2. Incline a cabeça para trás, de forma a expor essa região do pescoço.
3. Beba um pouco de água.
4. Quando você engolir a água, a tireóide vai subir e descer. Observe esse movimento e tente
perceber alguma saliência ou inchaço na glândula.
5. Repita o teste se você tiver alguma dúvida.
6. Procure seu médico se você notar qualquer alteração na tireóide.
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